Depressão pós parto, o sentimento silencioso!


Sssssssssshhhhhhhhhh não digas a ninguém…


Nunca tive uma depressão, mas acho que já lá passei por perto.

No entanto, por não ter passado por isso não significa que seja menos empática por quem passa. Acho que é mesmo daquelas situações em que quem passa por ela é que sabe bem o que é.

Da mesma forma não tive depressão pós- parto. Tive os chamados “Baby Blues” e falei disso aqui

Mas de todos os tipos de depressão, penso que a depressão pós parto seja das mais difíceis de lidar. Por um simples motivo: É suposto estares feliz!

Há uns dias, falava com uma amiga e ela começou a falar da sua depressão pós parto, entretanto já ultrapassada. Reparei que nem me dei conta desta depressão. E eu até sou bastante próxima dela… 

Não dei conta porque muitas vezes, ninguém dá conta. 

Porque a recém mãe chega com o bebé, e partimos do pressuposto de que estão todos muito felizes (e não quer dizer que não estejam)… 

A mãe sorri, o pai sorri, mas muitas vezes dentro desses sorrisos reside uma angústia enorme. E uma angústia que custa muito deixar sair… Transparecer que nos sentimos em baixo e deprimidas quando temos um bebé pequeno é excruciante.

Quando é suposto estarmos no auge da felicidade, como é que conseguimos dizer que não estamos bem. 

Sente-se uma falha enorme… Sente-se que falhámos na parte mais simples: Estar feliz com o nascimento do nosso filho. 

E este sentimento de falha (que é tão errado) apenas contribui para que se caia num buraco ainda mais escuro. Mais negro e mais fundo.

Desde que fui mãe que tenho um “cuidado especial” com as recém mães. Ponho-lhes uma mão no ombro, olho nos olhos e pergunto com enfâse na expressão: “Estás bem?” – E isto muitas vezes pode fazer a diferença. E já houve situações em que fez…

Não devemos partir do princípio que nos primeiros dias de um bebé todos estão felizes até porque os primeiros dias são tudo menos um mar de rosas.
Sejamos empáticas e tentemos perceber verdadeiramente se há alguma coisa que possamos fazer para ajudar.

Para que a depressão pós parto não seja tão solitária, e tão silenciosa!

(Imagem: Sempre Materna)



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